Ambulatório do Juliano Moreira em João Pessoa oferece atendimento de psiquiatria, psicologia e práticas integrativas para a população

Ambulatório do Juliano Moreira em João Pessoa oferece atendimento de psiquiatria, psicologia e práticas integrativas para a população

Por Edmilson Pereira - em 1 ano atrás 540

“Nem acredito que só com o cartão do SUS e os documentos pessoais fui muito bem acolhida, iniciei meu tratamento, num momento em que eu estava muito mal e hoje me sinto bem melhor”. A vendedora Williane Kelvia, de 27 anos, se refere ao Ambulatório Gutemberg Botelho, que faz parte do Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, na Av. Pedro II, no bairro da Torre, em João Pessoa e funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 20h, gratuitamente.

O serviço oferece atendimento de psiquiatria, psicologia, odontologia, nutrição, serviço social e várias práticas integrativas (acupuntura, ventosaterapia, auriculoterapia, florais, massoterapia, bandagem, alongamento, massagens com pedras quentes e reflexologia). Com exceção do atendimento psiquiátrico, todos acontecem por demanda espontânea.

“Na psiquiatria só são atendidas pessoas do interior que são encaminhadas pelos serviços de saúde dos seus municípios. Para os outros atendimentos, as pessoas podem vir direto ao ambulatório, sem a necessidade de encaminhamento. Traz o cartão do SUS, identidade, CPF e um comprovante de residência e já faz uma avaliação para ver qual o serviço que melhor se  adapta a sua necessidade”, explicou a chefe do ambulatório, Kharys Anah de Menezes.  O telefone do serviço é (83) 3211-9809.

De acordo com Kharys, o serviço preza pelo atendimento humanizado. “Nos colocamos sempre no lugar do usuário, oferecendo um atendimento diferenciado, sem grande espera e que resulte na redução dos sintomas, das queixas físicas e mentais que o paciente apresenta, no início do seu tratamento”,  pontuou.

Para Claudemar Ramos,  terapeuta holístico há 10 anos, as práticas trazem vários benefícios, mas, principalmente, relaxamento e equilíbrio. “Necessariamente, as práticas não tiram as dores na sua totalidade, mas, na maioria das vezes, trazem uma melhor qualidade de vida para que o paciente consiga trabalhar e produzir melhor. E a satisfação melhor é quando a pessoa chega com uma dor nível oito, numa escala de 10 e sai com nível um ou dois”, pontuou.

Kacioskley Araújo, de 34 anos, marido de Williane, também faz tratamento no ambulatório, com práticas integrativas. Ele é motorista de aplicativo e sente muitas dores nas costas. “Toda vez que venho aqui e faço ventosa, a dor melhora 90%. Vale a pena demais. Digo isso a todo mundo que precisa do serviço, mas tem preconceito com o lugar só porque funciona dentro do Juliano. Todos nós precisamos cuidar da saúde mental e esse espaço é pra isso”, frisou.

“Quando cheguei ao ambulatório, pela primeira vez, estava péssima, com medo de tudo. Costumo dizer que eu era viva em óbito. Mas, com o tratamento com psiquiatra, psicólogo e as práticas, fui melhorando e até diminuiu a quantidade de remédios que tomo. Aqui posso dizer que os profissionais são anjos que cuidam da gente”, ressaltou Williane.

Números de atendimento – Mensalmente, o ambulatório atende mais de 1.500 pessoas. No ano passado, foram mais de 20 mil. O serviço também é referência em emissão de atestado de sanidade mental para concurso ou reciclagem para quem trabalha como segurança.

O Ambulatório Gutemberg Botelho está inserido no Complexo Psiquiátrico Juliano Moreira, e é um dos quatro serviços de atendimento que o Complexo oferece à população paraibana. O outro serviço é o setor de perícias médicas, que é referência nas perícias em ações judiciais de interdição e curatela que abrange todo o estado. Tem ainda a urgência e emergência que funciona 24 horas por dia, durante sete dias da semana, com atendimento desde adolescentes, a partir dos 12 anos, até adultos.

Ainda faz parte do Complexo o hospital com 72 leitos de internação, divididos em setores dos adolescentes e adultos, e estes separados em enfermaria masculina e feminina, como também de transtorno mental e dependência química.

Fonte e Foto: Secom/PB