Diretor do Sintur defende subsídio e novas fontes de recursos para melhorar a qualidade do transporte público de João Pessoa

Diretor do Sintur defende subsídio e novas fontes de recursos para melhorar a qualidade do transporte público de João Pessoa

Por Edmilson Pereira - em 2 anos atrás 425

Todos os dias, os ônibus do transporte coletivo de João Pessoa levam cerca de 180 mil trabalhadores e estudantes para a missão diária de movimentar a vida na capital.

Entendendo a mobilidade urbana como fundamental para o desenvolvimento das cidades, o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (Sintur-JP) destaca a importância do transporte coletivo para a sociedade: ele é o único que percorre longas distâncias com preço único, atende às gratuidades para Pessoas com Deficiência (PCD) e idosos e ainda garante desconto de 50% para estudantes.

As passagens mantém o preço constante de R$ 4,40 em toda a João Pessoa, independente do dia, hora ou dos eventos na cidade. Além disso, o sistema é o único que garante integrações nas passagens por meio do Passe Legal. Assim, dentro de uma hora, você pode pegar ônibus diferentes nos 2 mil pontos disponíveis na cidade, pagando apenas uma tarifa.

Considerado um dos veículos mais seguros pelo Ministério da Saúde, os ônibus coletivos são fundamentais para uma cidade funcionar. Para garantir essa dinâmica, o transporte coletivo está presente em todas as regiões de João Pessoa, passando pelos bairros e Região Metropolitana.

Com 73 linhas convencionais e 480 veículos, a frota é guiada por motoristas profissionais capacitados, que passam por treinamentos específicos regularmente para conseguir transportar todos os passageiros de forma segura.

Novas fontes de recursos são essenciais para a qualidade do transporte público.

Para garantir o bom funcionamento do transporte público e melhorias na prestação de serviços, novas fontes de recursos são essenciais, pois o transporte coletivo sofre há tempos com queda no número de passageiros e, consequentemente, com a queda na receita, o que reflete de forma negativa na qualidade da prestação dos serviços.

O passageiro pagante é a única fonte de receita do setor de transporte coletivo. Esse modelo, adotado pelo poder público para remunerar as empresas prestadoras de serviço, já vem sendo questionado há anos e mostrou-se bastante fragilizado e insustentável, sobretudo no período pós-pandemia.

Para contornar a situação, o Sintur-JP propõe ao poder público medidas para enfrentar a crise. Dentre elas estão a desoneração tributária e subsídios para o custeio das gratuidades.

“Atualmente já existem, em todo o país, 111 iniciativas contemplando alguma forma de subsídio para o transporte coletivo. O atual modelo adotado em João Pessoa tem se demonstrado incapaz de proporcionar um serviço de qualidade, uma vez que, enquanto a única fonte de receita auferida for o passageiro pagante, haverá sérias limitações para execução dos investimentos necessários”, declarou o diretor-institucional do Sintur-JP, Isaac Júnior Moreira.

Na capital paraibana, durante o período mais restritivo da pandemia, o setor de transporte coletivo ficou cerca de quatro meses parados. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (Sintur-JP) , a média de passageiros transportados nos oitos primeiros meses de 2022 (4.075mi) corresponde a 73% da média de passageiros transportados no período anterior à pandemia (5.581mi em 2019). Este quadro agravou ainda mais a situação das empresas prestadoras do serviço na cidade.

“No pós-pandemia, contamos com a redução do ISS de 5% para 2,5% e, também, da base de cálculo do ICMS sobre o óleo diesel, porém, com a escalada absurda dos custos do setor, especialmente do preço do óleo diesel, essas medidas têm se demonstrado insuficientes ou mesmo inócuas. Precisamos, com urgência, colocar os poderes públicos e os agentes políticos que estão sendo eleitos nestas eleições para o imediato reconhecimento da centralidade e importância desse tema para que tenhamos a conclusão de que medidas urgentes precisam ser adotadas para evitarmos o colapso de um serviço tão essencial”, finalizou Isaac Moreira.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Foto: Divulgação