Presidente da Asplan-PB diz que mesmo com a pandemia do coronavírus é preciso investir e renovar na cultura canavieira

Presidente da Asplan-PB diz que mesmo com a pandemia do coronavírus é preciso investir e renovar na cultura canavieira

Por Valter Nogueira - em 4 anos atrás 460

A cultura canavieira no Nordeste que, nos últimos sete anos enfrentou momentos difíceis, principalmente, em relação a remuneração paga pela matéria-prima e que tinha boas perspectivas de soerguimento na atual safra, se deparou com as implicações da pandemia, o que ampliou a crise já vivenciada pelo setor nos últimos anos.

Mesmo em meio a esse cenário, o produtor canavieiro não pode abrir mão de plantar e renovar seu canavial. Essa ressalva foi reforçada na noite desta segunda-feira (01), pelo presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) e da Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba (Asplan), José Inácio de Morais, em live promovida pela FMC Agrícola com representantes do segmento canavieiro de várias regiões do país.

No início de sua participação na live, José Inácio lembrou que a média de produtividade do produtor nordestino em relação ao do Sudeste sempre foi menor. “A média histórica, por hectare, aqui na região é de 50 toneladas por hectare, enquanto que no Sudeste essa média histórica fica entre 85 e 90 toneladas. Mas, temos conseguindo aumentar essa produtividade para 70 toneladas e temos experiências exitosas com irrigação na região, a exemplo da Japungu, que chega a 110 toneladas”, destacou José Inácio.

O presidente da Asplan também reiterou que o produtor nordestino não está tendo uma remuneração a altura de seu investimento e que estava com uma grande perspectiva de começar a reverter esse quadro negativo na atual safra, mas que a pandemia frustrou essa expectativa. Contudo, ele reforçou a necessidade do produtor não deixar de fazer a renovação de seu canavial.

“O ideal é renovar 16.66% da área a cada ano e mesmo em meio a essa crise, não devemos deixar de fazer isso sob pena de no ano que vem o canavial está ainda mais comprometido e necessitar de um investimento ainda maior”, disse ele, lembrando que o produtor precisa diminuir custos, rever processos, eliminar as deficiências, mas não deixar, em nenhuma hipótese, de plantar.