Paraibano Hulk marca, Atlético vira sobre o Cruzeiro e é pentacampeão mineiro no Mineirão

Paraibano Hulk marca, Atlético vira sobre o Cruzeiro e é pentacampeão mineiro no Mineirão

Por Edmilson Pereira - em 5 segundos atrás 1

Adversário com a vantagem, estádio lotado pela torcida rival e jejum de vitórias no clássico. O cenário parecia bastante desfavorável, mas o Atlético se impôs e venceu o Cruzeiro por 3 a 1 neste domingo (7/4), no Mineirão. Com gols de Saravia e Hulk, o Galo virou sobre a Raposa, e Scarpa aumentou o placar para garantir o Campeonato Mineiro pela quinta vez consecutiva.

Foi uma tarde de fortes emoções no Gigante da Pampulha, que recebeu apenas cruzeirenses devido a acordo realizado entre os clubes. Até 2025, nada de torcida dividida nos clássicos de Minas Gerais. Por isso, a pressão sobre os visitantes se tornou ainda maior.

Recorde de público do novo Mineirão

E o duelo marcou um recorde celeste. Os torcedores do Cruzeiro estabeleceram nessa final o maior público da história do novo Mineirão: 61.582 pessoas. A marca engloba apenas as partidas disputadas depois de 2013, quando o estádio foi reinaugurado após reforma para a Copa do Mundo de 2014.

Cruzeiro e Atlético passam em branco no primeiro tempo

A primeira grande chance foi do Atlético. Paulinho recebeu passe longo do zagueiro Bruno Fuchs e pôde sair cara a cara com o goleiro Rafael Cabral. Um cenário já vivido anteriormente pelo atacante, mas que mais uma vez não terminou da forma que ele esperava. O camisa 10 chutou mal e a bola passou por cima do gol.

Nas arquibancadas, a cada movimento do Galo, os cruzeirenses logo reagiam. Além de vaias, ecoavam muitos gritos de “chorão” quando o time alvinegro reclamava de alguma decisão do árbitro.

Apesar de não ter tantos lances de destaque, foi o Atlético que mais incomodou nos primeiros 30 minutos de jogo, com bastante bolas alçadas em direção ao campo de defesa do Cruzeiro. Do outro lado, o incômodo era pequeno. A maior parte das jogadas da Raposa terminaram antes da finalização.

Flavio Rodrigues de Souza foi o responsável por apitar a partida. A arbitragem também sofreu com vaias foi e alvo de cânticos ofensivos dos torcedores durante toda a decisão.

Um lance em especial agitou o estádio. Aos 34′, o meia-atacante Matheus Pereira sofreu falta do zagueiro Jemerson na entrada da área do Atlético. Ali, surgia uma boa chance do Cruzeiro abrir o placar. A batida foi rasteira e passou rente à trave, mas do lado de fora. Nada de gol da Raposa no primeiro tempo.

E quando os acréscimos já haviam começado, veio o lance que poderia mudar tudo. Outra oportunidade de um jogador do Atlético sair sozinho com Cabral. Outra oportunidade de Hulk marcar em um clássico. Quem impediu o lance de tomar forma do jeito que o Galo esperava foi o zagueiro Zé Ivaldo.

O camisa 5 chegou por trás e tirou a bola de Hulk, que caiu no gramado. Atletas e comissão técnica do Atlético pediam de forma indignada a marcação de um pênalti. O árbitro, porém, mandou o jogo seguir, para a alegria dos torcedores presentes. Com um 0 a 0 no placar e descontentamento alvinegro, a partida foi para o intervalo.

Virada emocionante dá título ao Atlético no segundo tempo

A volta dos jogadores para etapa final mostrou um Atlético sem sucesso em sua busca para reverter a vantagem celeste. Paulinho perdeu mais uma chance na frente de Cabral, num lance em que poderia ter dado assistência para um Hulk livre de marcadores. Depois, Jemerson deu cabeçada perigosa em jogada de escanteio. A bola foi para fora.

Jogador de estatura média, sem nenhum gol pelo Cruzeiro e em uma situação pouco habitual para seu estilo de jogo. Mateus Vital desafiou as probabilidades para balançar a rede na final. Após cruzamento de Matheus Pereira no lado esquerdo, o meia subiu e cabeceou cruzado. O destino da bola foi o fundo da rede de Everson, que não conseguiu impedir a Raposa de abrir o marcador aos 6 minutos.

Mas o Atlético não se abateu, e com outra cabeçada, empatou o jogo. O lateral-direito Renzo Saravia deixou o placar igualado aos 19′, em jogada que contou com lançamento do volante Otávio. Em momento de desatenção da defesa celeste, o meio-campista cruzou para área e encontrou o ala em boa posição para cabecear. A bola encobriu Cabral e morreu no fundo da rede: 1 a 1.

Aos 28′, o árbitro assinalou pênalti para o Galo. O volante Lucas Silva encostou a mão na bola durante uma jogada na área do Cruzeiro. Após consulta no VAR, Flavio Rodrigues de Souza marcou a infração.

Como é de costume, Hulk foi o escolhido para bater. Em meio às vaias da torcida celeste, o atacante chutou no canto esquerdo e colocou o Atlético em vantagem: 2 a 1. De virada, o Alvinegro passou a Raposa no placar e tomou para si a vantagem na final.

Os gols do Galo vieram em momento que o Cruzeiro já se planejava para segurar o placar. Saravia empatou o jogo instantes após o técnico Nicolás Larcamón colocar mais um zagueiro em campo. Depois do baque que foi a virada, o treinador precisou voltar a mexer no time.

Aos 38 minutos, Dinenno recebeu dentro da área, dominou e finalizou para balançar as redes. Contudo, imediatamente, a arbitragem assinalou o impedimento.

Nos acréscimos, o primeiro dele. O meio-campista Gustavo Scarpa decretou o título. Paulinho puxou contra-ataque e tocou para Scarpa. Ele driblou Rafael Cabral e balançou as redes para calar o Mineirão: 3 a 1.

Cruzero 1 X 2 Atlético

Cruzeiro

Rafael Cabral; William (Wesley Gasolina aos 33 do 2T), Neris (Barreal aos 33 do 2T), Zé Ivaldo e Marlon; Lucas Silva (Cifuentes aos 33 do 2T), Lucas Romero, Mateus Vital (João Marcelo aos 16 do 2T); Matheus Pereira, Juan Dinenno e Arthur Gomes (Rafael Elias aos 39 do 2T). Técnico: Nicolás Larcamón.

Atlético

Everson; Saravia (Igor Rabello aos 36 do 2T), Bruno Fuchs (Gustavo Scarpa aos 22 do 2T), Jemerson e Guilherme Arana; Otávio (Vargas aos 21 do 2T), Battaglia (Igor Gomes aos 21 do 2T), Alan Franco, Zaracho; Paulinho e Hulk (Mauricio Lemos aos 36 do 2T). Técnico: Gabriel Milito.

Fonte: Portal NoAtaque