Juíza da Vara Criminal alega foro íntimo e se averba suspeita de jugar denúncia contra o ex-governador Ricardo Coutinho
Por Edmilson Pereira - em 3 anos atrás 417
A juíza Ana Carolina Tavares Cantalice, da 6ª Vara Criminal de João Pessoa, se averbou suspeita de julgar a denúncia oferecida pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) contra o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e mais quatro irmãos do socialista no âmbito da Operação Calvário.
A magistrada é a terceira integrante do corpo de jurados da Justiça Estadual da Paraíba a se julgar suspeita no julgamento da ação contra o ex-governador paraibano na denúncia que envolve também irmãos e parentes próximos de Ricardo.
Antes, os juízes Shirley Abrantes e Antônio Maroja também alegaram motivo de foro íntimo e pediram afastamento no julgamento da denúncia.
A acusação
O Ministério Público da Paraíba apresentou uma nova denúncia contra o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e seus irmãos Coriolano Coutinho, Valéria Coutinho, Viviane Coutinho e Raquel Coutinho, além de Denise Krummenauer Pahim, Breno Dornelles Pahim Filho e Breno Dornelles Pahim no âmbito da Operação Calvário. Os investigados são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.
Investigação
A união das famílias Coutinho e Pahim, segundo a investigação, resultou na criação de empresas que teriam sido beneficiadas economicamente durante as gestões do ex-governador Ricardo Coutinho na Paraíba.
A força-tarefa apura se a criação dessas sociedades e alteração contratuais por parte dos denunciados visavam ocultar valores.
Um dos órgãos usados pelas sociedades, de acordo com os investigadores, é o Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran-PB). Uma das empresas buscava firmar credenciamento e contratos junto ao órgão. O ingresso, porém, só era possível mediante o pagamento de propina à organização criminosa ou a atores que teriam participação no esquema.
Operação Calvário
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) investiga desde o fim de 2018 a implantação de uma organização criminosa que teria desviados recursos da Saúde e Educação do Estado entre 2011 e 2018, além do período em que Ricardo Coutinho esteve à frente da Prefeitura de João Pessoa.
Ao todo, já foram oferecidas 21 denúncias contra 145 pessoas, dentre elas Ricardo Coutinho, familiares, deputados, ex-secretários de Estado, empresários e outros políticos.
Ao todo, a força-tarefa já encontrou desvio superior a R$ 373 milhões.
Fonte: Paraíba Notícia com Assessoria de Imprensa