Estudo americano indica que vacina da Pfizer/BioNTech é capaz de neutralizar variante brasileira P.1. surgida a partir do Estado do Amazonas

Estudo americano indica que vacina da Pfizer/BioNTech é capaz de neutralizar variante brasileira P.1. surgida a partir do Estado do Amazonas

Por Edmilson Pereira - em 3 anos atrás 584

Em artigo publicado nessa 2ª feira (08) na revista científica The New England Journal of Medicine, pesquisadores indicaram que a vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech conseguiu neutralizar 3 novas variantes do coronavírus: a B.1.1.7 (do Reino Unido), a B.1.351 (da África do Sul) e a brasileira P.1.

O estudo foi conduzido por cientistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, e pela equipe de desenvolvimento e pesquisa da Pfizer. Eis a íntegra do artigo, em inglês (376 KB).

No início de fevereiro, a Pfizer já havia dito que o imunizante é eficaz contra as variantes britânica e sul-africana. O novo estudo indica que a vacina também protege contra a P.1, detectada inicialmente em Manaus (AM).   A vacina tem 94% de eficácia contra o Sars CoV-2 original.

Para a pesquisa, cientistas produziram 3 vírus recombinantes de acordo com as mutações das 3 variantes. Além disso, foram reproduzidas outras duas versões com mutações genéticas da cepa da África do Sul.

Nos casos das variantes do Brasil e do Reino Unido, a vacina apresentou eficácia “robusta”, indica o estudo. Contra a variante sul-africana, a eficácia é um pouco mais baixa.

Três dos vírus testados continham a mutação que ocorre na proteína spike, usada como porta de entrada do coronavírus nas células humanas. Um deles foi na variante B.1.1.7, o 2º foi na variante P.1. e o 3º, na B.1.351

Também foram analisadas as mutações D614G e K417N, E484K, N501Y na variante da África do Sul. Elas podem ser responsáveis pela taxa maior de transmissão do vírus.

O estudo foi realizado com sangue de 15 pacientes que receberam a vacina. Os pesquisadores colocaram o sangue em contato com as versões do vírus em laboratório.

Mas o estudo é limitado porque as mutações têm potencial de alterar a neutralização, disseram os autores.

“Cada ensaio de neutralização com um vírus alvo diferente é único, e comparações entre títulos de neutralização de diferentes ensaios devem ser interpretadas com cautela”, declararam os pesquisadores.

Fonte: Paraíba Notícia e Microsoft News