
Para discutir temas como transição energética e redução das emissões de gases estufa, começa nesta segunda a COP-30 em Belém-PA
Por Edmilson Pereira - Em 4 semanas atrás 447
A cidade de Belém, Capital do Estado do Pará, recebe a partir desta segunda-feira (10) a Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30). Décadas após o primeiro encontro, a conferência no Pará enfrentará um teste de credibilidade, em um momento de turbulências geopolíticas, diante de conflitos bélicos e guerra comercial e descrédito nas negociações climáticas e do multilateralismo. A COP está prevista para terminar no dia 21 de novembro, mas pode atrasar – inclusive isso tem ocorrido nos últimos anos.
O regime climático da ONU é composto por 198 partes: além das nações, participa a União Europeia. Todas as decisões tomadas nas COPs precisam do consenso dos participantes. Até o momento, pouco mais de cem países submeteram suas novas metas climáticas.
Não há sanções, porém, para eventual descumprimento dos compromissos assumidos, como as metas de cortes de emissões de gases de efeito estufa. Há críticas sobre a pouca ambição dos acordos firmados e à falta de implementação das decisões.
O presidente da conferência, embaixador André Corrêa do Lago, tem defendido que os países tirem metas do papel e façam a “COP da implementação”. Ele promete tratar de temas difíceis, como planos para abandonar combustíveis fósseis e o direcionamento de recursos dos países ricos para os pobres na adaptação climática.
Há expectativa sobre quatro temas centrais que incluem não só as negociações multilaterais, mas também a capacidade do Brasil de mobilizar outros países – como na tentativa do governo Lula de emplacar o fundo de proteção de florestas.
Transição justa para um modelo de baixo carbono
Prevista no cronograma para ser debatida nesta edição, a “transição justa” é um dos principais temas de interesse do Sul Global, incluindo o Brasil. Será discutida a transição econômica e energética dos países rumo a um modelo de baixo carbono. A perspectiva é de que isso seja feito de forma equitativa, levando em conta as necessidades das nações mais pobres.
Fonte: Estadão
Foto: Wilton Junior/Estadão