Ministério Público recomenda e Prefeitura de João Pessoa cobrará título eleitor como comprovante para vacinação contra Covid-19

Ministério Público recomenda e Prefeitura de João Pessoa cobrará título eleitor como comprovante para vacinação contra Covid-19

Por Elison Silva - em 3 anos atrás 465

Os três ramos do Ministério Público na Paraíba (Estadual, Federal e do Trabalho) recomendaram, nessa quarta-feira (14), que a Prefeitura de João Pessoa adote novas medidas de organização da vacinação contra Covid-19.

A principal delas é a exigência do título de eleitor como certificação de residência para quem for tomar a 1ª dose. A apresentação do documento é complementar ao comprovante de residência. A medida surge após a Secretaria Municipal de Saúde revelar que cerca de 21 mil pessoas com domicílio em outra cidade se vacinaram na Capital, comprometendo o estoque local.

Além disso, ficou acertado que apenas doses da vacina Oxford/Astrazeneca/Fiocruz serão utilizadas na vacinação de pessoas com comorbidade e idade acima de 55 anos. O mesmo acontecerá no caso dos trabalhadores de saúde. Isto porque a rede municipal ainda dispõe desses imunizantes em estoque. Já as novas doses da Coronavac (Butantan/Sinovac), com previsão de chegada para sábado (17), serão reservadas em totalidade para quem está com a aplicação da 2ª dose atrasada.

O Ministério Público também cobrou que a Prefeitura de João Pessoa informe, em até 48 horas, as correções realizadas na plataforma Vacina João Pessoa, disponível para acesso via web e também em forma de aplicativo para smartphones com sistema operacional Android. A gestão municipal também se comprometeu em melhorar a forma de divulgação nas mídias sociais e nos locais de vacinação para que a população seja suficientemente esclarecida sobre a quantidade de doses disponíveis e locais de imunização.

Na semana passada, usuários passaram a relatar problemas no acesso do site e aplicativo ‘Vacina João Pessoa’. O problema —  somado ao baixo estoque de vacinas —  causou aglomerações, tumulto e longas filas de veículos nos pontos de aplicação da 2ª dose na Capital. Inicialmente, a Secretaria Municipal de Saúde sustentava que todas as pessoas dentro do período recomendado para reforço da vacina seria imunizado. Na terça-feira (13), após novos problemas, a Secretaria Municipal de Saúde reconheceu que não haviam doses suficientes e suspendeu a campanha.

Na audiência dessa quarta-feira, os membros do Ministério Público ressaltaram que a suspensão da vacinação bem como as cenas de aglomeração de idosos vistas esta semana evidenciam a falta de planejamento do Município. Eles destacaram ainda que houve a priorização de quem estava tomando a primeira dose da Coronavac em detrimento de quem precisava da segunda. Os representantes da PMJP reconheceram as falhas.

Fonte: Paraíba Notícia com Portal Correio