Jeová propõe medalha “Padre Rolim” para condecorar personalidades paraibanas que se destacarem nas áreas educacional e religiosa
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É de autoria do deputado estadual Jeová Campos (PSB), em tramitação na Assembleia Legislativa da Paraíba, um Projeto de Resolução instituindo a Medalha “Padre Inácio de Sousa Rolim – PADRE ROLIM , para condecorar personalidades que se destacarem nas áreas educacional e religiosas, no âmbito do Estado da Paraíba.
O Padre Rolim nasceu no município de Cajazeiras, no dia 22 de agosto de 1800 e faleceu em 16 de setembro de 1899. Foi um sacerdote católico e educador brasileiro. Cognominado pelo Imperador Dom Pedro II como “o Anchieta do Norte”.
Passou sua infância na primitiva Fazenda das Cajazeiras. Desde muito cedo, demonstrava grande interesse pelas Letras. Aos dezesseis anos, já falava fluentemente o Francês e dedicava-se ao estudo do Grego e do Latim.
Ingressou no Seminário de Olinda em 3 de setembro de 1822. No decorrer do curso, exerceu as atividades de censor e bedel, integrando, posteriormente, o corpo docente do seminário, como professor de Grego.
O exercício do magistério, no seminário de Olinda, rendeu-lhe, alguns anos depois, o convite do Governador de Pernambuco para instalar a cadeira de Grego no Ginásio Pernambucano, quando teve oportunidade de realizar a edição da sua Gramática Grega, obra impressa no ano de 1856, em Paris.
A revolução educacional de Cajazeiras
Cajazeiras, uma pequena povoação que se iniciava na fazenda dos seus pais, foi o local escolhido para o exercício do que viria a ser sua grande “revolução”.
Em 1829, Padre Rolim dava início às atividades da escolinha da Serraria (local onde se serrava a madeira usada nas construções das casas), uma casa pequena que abrigava meia dúzia de estudantes – embrião do colégio – que, mal grado a modéstia de suas instalações, ia crescendo em número de alunos dado o alto nível do ensino que habilitava seus discípulos a ingressarem no curso superior. A precariedade das instalações da escolinha não era uma preocupação para o Padre Rolim cujo único desejo era transmitir alguns conhecimentos a seus parentes e a outros jovens que por eles se interessassem.
Só em 1836, quando se apercebeu da repercussão que sua obra ia alcançando em todo sertão nordestino, é que se dispôs a transferi-la, para um prédio de alvenaria que, embora de pequenas proporções, melhor se adaptava às atividades a que se destinava.
Em 1843, a atividade do padre Rolim já repercutia em quase toda região sertaneja e nas províncias de Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco, levando-o a transformar seu estabelecimento de ensino em colégio de instrução secundária. Era o primeiro colégio da Paraíba. Tal fato levou ao tribuno Alcides Carneiro a cognominar Cajazeiras de “a cidade que ensinou a Paraíba a ler”.
Pela Resolução de Jeová Campos serão concedidas cinco Medalhas, anualmente, a personalidades que se destacarem nas áreas educacional e religiosas.
A Medalha ” Padre Rolim” será cunhada em bronze e terá na sua face a efinge do Padre Inácio de Sousa Rolim e no verso os nomes do homenageado e do autor da propositura, bem como a Resolução e a data da entrega da comenda.