COMEMORAÇÃO: 27 de setembro é Dia Nacional do idoso

COMEMORAÇÃO: 27 de setembro é Dia Nacional do idoso

Por Edmilson Pereira - em 4 anos atrás 598

Criado em 1999 pela Comissão de Educação do Senado, o dia 27 de setembro, Dia Nacional do Idoso, teve como propósito promover a reflexão sobre a situação de saúde e bem estar da parcela da população que apresenta o maior índice de crescimento no Brasil. No dia 1º de outubro comemora-se o Dia Internacional, instituído em 1991 pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera idosa qualquer pessoa com mais de 60 anos e mais de 28 milhões de brasileiros estão nessa faixa etária, representando 13% da população, conforme o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e a expectativa é esse número crescer exponencialmente nas próximas décadas, segundo a Projeção da População, divulgada em 2018.

O documento aponta que um quarto dos brasileiros terão 60 anos ou mais, inversamente proporcional será o número de jovens, representando apenas 16,3% até 14 anos, até 2043. A OMS estima que em 2025, pela primeira vez, a população de idosos no planeta ultrapassará a de crianças.

Em maio, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos – Dieese, divulgou boletim indicando que em 34,5% dos lares brasileiros, havia pelo menos uma pessoa com 60 anos ou mais. Dessa população com idade a partir de 60 anos, 83,2% moravam com outras pessoas e 16,8% viviam sozinhas.

O estudo apontou que 22,9%, dos idosos continuava a trabalhar no final de 2019, sendo que 7,9% tinham ocupação em áreas públicas ou veículos automotores. E parcela desse segmento colabora com o sustento dos lares onde vivem com outras pessoas. Em quase um quarto (24,9%)  dos domicílios no Brasil há idosos que contribuem com mais de 50% da renda domiciliar, através de pensões ou outros rendimentos.As alterações imunológicas associadas ao envelhecimento aumentam os riscos de infecções que podem estar associadas ao declínio funcional, provocando maiores taxas de hospitalizações e comorbidades.

A diretora científica da Sociedade Mineira de Reumatologia, Ana Flávia Madureira, explica que a atividade física é fundamental para se manter uma boa qualidade de vida após os 60 anos. Ela aponta algumas doenças que são mais comuns de aparecer durante o envelhecimento. A polimialgia reumática, que leva a inflamação do músculo, onde a pessoa sente dores na região dos ombros e quadris, rara de acontecer entre os jovens. Não há prevenção e pode acometer órgãos mais importantes e levar até a perda da visão.

As doenças reumáticas são diversas, mas basicamente atingem a articulação, como artrose e artrite, mais comuns nos joelhos, quadris e mãos. “São dores que acontecem no repouso ou durante algum exercício físico, provocam inchaços e em alguns casos, alguma deformidade da articulação.”

A sarcopenia se manifesta pela perda de massa e força muscular generalizada e progressiva, dificultando a realização de tarefas simples no cotidiano. A doença começa após os 40 anos e se agrava com hábitos pouco saudáveis, como sedentarismo e má alimentação. A prevenção consiste na mudança de hábitos com adoção de uma alimentação equilibrada, uma boa noite de sono, prática de atividade física e mantendo alta a taxa de vitamina D, exposição à luz solar por 20 minutos pela manhã, até às 10h, ou no fim da tarde, após às 16h.

A osteoartrite é outra doença muito comum entre idosos com o desgaste da cartilagem. O problema causa incapacidade funcional e sintomas como dores, inchaço e rigidez nas articulações atingidas. Alguns dos fatores são esforço físico repetitivo, hereditariedade, sobrepeso e danos ou traumas nas articulações. Ainda não existe cura para a artrose, mas os tratamentos são capazes de retardar a evolução da doença  e aliviar os sintomas, inclusive melhorando a função articular.

A osteoporose acomete mais de dez milhões de brasileiros, sendo mulheres em sua maioria,  devido aos hormônios. A patologia enfraquece os ossos em decorrência da perda da densidade mineral, aumentando o risco de fraturas. As causas como predisposição genética, uso abusivo de medicamentos à base de corticoides, envelhecimento, excesso de fumo e álcool, sedentarismo e dietas pobres em cálcio favorecem o surgimento do problema que, assim como a artrose, pode ser evitada com a mudança de hábitos. A prática de atividade física leve para fortalecer a musculatura e uma alimentação balanceada, rica em leite e derivados, sardinha, salmão, amêndoas, aveia, gergelim e verduras de folhas verde-escuras são fundamentais para prevenção.

A polimialgia reumática acomete pessoas acima dos 50 anos, sendo mais frequente entre quem tem mais de 70, causando dores e rigidez no pescoço, ombros e quadris pelas profundas infecções nas articulações. Outros sinais da doença são depressão, fadiga, falta de apetite com perda de peso e febre baixa. Também as doenças reumáticas ainda não têm cura. O tratamento é feito com corticoides em doses reduzidas, gradualmente, até o medicamento ser suspenso ou a ingestão ocorrer em doses muito baixas.

Fonte: Paraíba Notícia e Microsoft News