Acompanhado por um comboio com mais de 20 homens armados ostensivamente de fuzis, além vários batedores, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi autorizado na manhã deste domingo (14), pelo ministro Alexandre de Moraes, a deixar a prisão domiciliar, momentaneamente,   para ir ao Hospital DR Star, para a realização de exames médicos.

Já no hospital, homens fardados e fortemente armados vigiavam Bolsonaro, que tem 70 anos,  numa operação para evitar uma possível tentativa de fuga.

Condenado por tentativa de golpe de Estado e outros crimes, o ex-presidente deixou momentaneamente a prisão domiciliar para remover lesões de pele no Hospital DR Star, em Brasília.

O ministro Moraes determinou que Bolsonaro só deve permanecer no hospital o tempo necessário para o tratamento, e depois deve voltar imediatamente para casa.

Segundo o pedido médico enviado ao STF, Bolsonaro vai remover lesões de “nevo melanocítico do tronco” e de “neoplasia de comportamento incerto ou desconhecido da pele”.

Ao chegar ao hospital, o ex-presidente foi recebido por um grupo de apoiadores.

O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou o hospital DF Star, em Brasília, por volta das 14h00 deste domingo (14), após um procedimento médico para remover lesões de pele. Ele chegou em sua residência, onde cumpre prisão domiciliar, às 14h25.

A ida ao hospital foi a primeira vez que Bolsonaro deixou a prisão domiciliar após a sua condenação a 27 anos e três meses de prisão, determinada pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) na última quinta-feira (11).

Para ir ao hospital, a defesa do ex-presidente solicitou autorização e recebeu o aval do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O ex-chefe do Executivo está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após descumprir medidas cautelares impostas pelo Supremo.

A decisão de Moraes estabeleceu exigências à defesa para liberação. Os advogados de Bolsonaro deverão encaminhar ao Supremo, no prazo de até 48 horas após o procedimento médico, um atestado detalhado que comprove sua presença no hospital, especificando datas e horários de cada atendimento realizado.

O vereador  pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro escreveu na rede social X (ex-Twitter) o seguinte comentário sobre o aparato militar para conduzir o pai dele ao ao hospital Hospital DR Star

– Estou com meu pai e presencio a continuidade do maior circo armado da história do Brasil. Um comboio com mais de 20 homens armados de fuzis ostensivamente, acompanhados de mais de 10 batedores, reduzindo a velocidade da bem abaixo da permitida na via, apenas para promover a humilhação de um homem honesto. – Já no hospital, homens fardados e armados vigiam como se um senhor de 70 anos pudesse fugir por uma janela, assim como fazem em sua prisão domiciliar. Fica claro: o objetivo é fragilizá-lo, expô-lo e ofendê-lo, em nome da tal “missão dada, missão cumprida” – até mesmo durante uma cirurgia! Isso é método de abate! – No fundo, o que não conseguiram em 2018, tentam agora, a qualquer custo, concluir.

Foto: Jorge Sant’Ana/TV Globo