Valter Nogueira

por Valter Nogueira - 2 anos atrás

Ricardo, Cássio, Cartaxo, Veneziano e Romero!?

Cássio Cunha Lima, Ricardo Coutinho, Luciano Cartaxo, Veneziano Vital e Romero Rodrigues. O que há em comum entre estes nomes, afora o fato de serem figuras carimbadas da política paraibana?

O primeiro ponto em comum é o fato de que todos passaram pelo parlamento antes de chegar  ao poder executivo; Cássio e Ricardo foram além, chegaram ao Palácio da Redenção.

Agora, a diferença: Cássio e Ricardo se projetaram à frente do executivo municipal, nas prefeituras de Campina Grande e João Pessoa, respectivamente, ao ponto de terem condições de interromper seus mandatos para  disputar o governo do estado da Paraíba, nas eleições de 2002 (Cássio) e 2010 (Ricardo). E venceram!

Já Luciano Cartaxo, Veneziano Vital e Romero Rodrigues tiveram destinos diferentes. Ficaram sem mandatos logo após o término de suas respectivas gestões.

Para qualquer político de carreira ascendente, é muito difícil ficar dois anos sem mandato.

O que se vê hoje

Ricardo seria imbatível em qualquer disputa, não fosse a mácula da Calvário. Se não tiver impedimento até a campanha de 2022, tem condições de ser eleito deputado federal sem fazer muita força.

Pessoas próximas a Ricardo advogam a tese de que o ex-governador só precisa de um broche de parlamentar na lapela; se isso ocorrer, voltará com força à cena política.

Cássio tem nome forte, ainda. Carrega consigo o bastão político dos Cunha Lima. Se desejar, tem espaço garantido na oposição para disputar qualquer cargo eletivo, inclusive, o governo do estado no próximo ano.

Veneziano tem mandato de senador, ponto! É carta considerável na mesa de negociações!

À deriva

Por fim, Cartaxo e Romero estão na condição de peru de jogo: dá pitaco, mas não joga. Sem mandatos, estão à deriva, a depender das ondas e dos ventos.

Por essa razão, talvez, tentam, sempre que podem, valorizar o passe.