Valter Nogueira

por Valter Nogueira - 4 anos atrás

Operação Calvário pode ressuscitar Cartaxo

Pelo andar da carruagem – leia-se ‘Operação Calvário’ – , é possível que Lucélio Cartaxo reivindique, via ação judicial, a cadeira de governador do Estado da Paraíba. É que as investigações da ‘Operação’ apontam que, entre outros delitos, parte do dinheiro público desviado foi canalizada para irrigar campanhas eleitorais do PSB, na campanha de 2018, o que se configura crime eleitoral.

Ante tal realidade, revelada pela ‘Calvário’, a pergunta que paira no ar é a seguinte: pedaço dessa verba desviada teria irrigado a campanha vitoriosa do então candidato do PSB, o agora governador João Azevedo?

Segundo colocado na eleição para governador do Estado, na campanha eleitoral do ano passado, Lucélio Cartaxo pode, em tese, através de sua assessoria jurídica, recorrer à Justiça Eleitoral para reclamar o Palácio da Redenção.

É claro que, até o momento, não existem culpados, nem condenados, ainda. Isto é, tudo não passa de acusações e indícios que apontam supostos criminosos, ligados a uma Organização Criminosa que gerenciava um esquema de corrupção, formado para desviar recursos públicos do Estado da Paraíba, via Organizações Sociais.

Como diz o velho ditado: onde há fumaça, há fogo!”

Operação – A sétima fase da Operação Calvário, denominada ‘Juízo Final’, que veio à tona na manhã desta terça-feira (17), revelou que recursos públicos repassados às Organizações Sociais, contratadas pelo Governo da Paraíba para gerir as unidades estaduais de Saúde e de Educação, eram, em parte, desviados em favor dos integrantes da denominada Organização Criminosos, e, também, para campanhas eleitorais.

No período de 2011 a 2019, somente em favor das OS contratadas, o Governo da Paraíba empenhou 2,4 bilhões de reais, tendo pago mais de 2,1 bilhões, sendo que destes, 70 milhões de reais teriam sido desviados para o pagamento de propina aos integrantes da referida Organização.