Valter Nogueira

por Valter Nogueira - 3 anos atrás

O exemplo do Reino Unido

O Reino Unido registrou o pico diário de mortes decorrentes do novo Coronavírus (Covid-19) no dia 19 de janeiro deste ano, quando 1.359 pessoas foram a óbito. Em termo proporcionais ao que ocorre no Brasil, considerando as populações dos dois países, a Covid-19 matava em janeiro 30% a mais no Reino Unido do que o que acontece agora em terras brasileiras.

Em tempo, o Reino Unido conseguiu superar as dificuldades; saiu do fundo do poço da pandemia em apenas dois meses. Na última segunda-feira (22/03), o país registrou somente 36 mortes por Covid em um dia, segundo reportagem da BBC.

De acordo com a BBC, especialistas em saúde pública avaliaram que a Nação  vivia na época uma tempestade perfeita que contribuía para a disseminação da doença em um ritmo muito mais acelerado do que durante a primeira onda, com diversos fatores influindo: campanha de vacinação ainda no começo, nova variante do vírus mais infecciosa e letal, e auge do inverno.

A matéria informa que, agora, após um longo inverno de restrições e lockdowns, os britânicos já traçam planos para voltar ao que dominamos de “novo normal”; uma vida parecida com a que eles tinham antes da pandemia.

Escolas foram reabertas no começo do mês, e até o dia 15 de abril o Reino Unido pretende ter dado uma dose de vacina para toda a sua população com mais de 50 anos de idade. A meta é vacinar todos os adultos até 31 de julho.

Caminho

O caminho para saída passou, basicamente, por duas medidas: lockdown e investimento em vacinação. Maioria das lojas na famosa Oxford Street de Londres praticamente não abriu ainda.

Nos dias anteriores aos feriados de Natal e Ano Novo, as autoridades já observavam o agravamento acelerado da pandemia. Em apenas duas semanas, o número de casos de Covid-19 havia duplicado, de 12 mil para 25 mil por dia.

A população já havia enfrentado dois lockdowns e não havia mais ânimo para um terceiro. Mas houve; a medida amarga foi necessária.

Nova Variante

Na ocasião crítica, foi divulgada a existência de uma nova variante do vírus, surgida no sudeste da Inglaterra, que era até 70% mais contagiosa. Ao mesmo tempo, o governo dava início à campanha de vacinação — a primeira no mundo ocidental, mas ainda de forma lenta.

Passadas as festas, o primeiro-ministro Boris Johnson fez um pronunciamento à nação, consolidando o terceiro lockdown.

O comércio não-essencial e as escolas foram fechados, exames educacionais foram suspensos e o governo impôs restrições para viagens — tanto dentro do país como em fronteiras.

Economia

O governo estendeu o auxílio salarial para mais de 10 milhões de trabalhadores até setembro, com subsídios que podem chegar  a 2.500 libras (quase R$ 20 mil) por beneficiado – mais de R$ 2 mil para cada beneficiado, por mês.

Terceira Onda

O governo britânico não descarta que o país pode ter uma nova onda de coronavírus no final do ano, quando o outono começar. E pesquisadores acreditam que existe a possibilidade de uma nova mutação do vírus surgir que seja imune às vacinas ora desenvolvidas.

Nação

O Reino Unido, formado por Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, é uma nação insular situada no noroeste da Europa.