Valter Nogueira

por Valter Nogueira - 3 anos atrás

China caminha a passos largos

A notícia mais disseminada no mundo, estampada nos mais influentes veículos de comunicação do Planeta, neste sábado (5),  dá conta de que a China vai liderar os negócios mundiais em pouquíssimo tempo, devendo ultrapassar o PIB do Estados Unidos entre 2027 e 2028, passando ser a maior economia global. De acordo com a previsão anterior, tal fato só poderia correr no ano de 2033.

– Então, que tal começar a aprender o mandarim?

O projeto do presidente chinês Xi Jinping é dobrar o PIB (Produto Interno Bruto) e a renda per capita da China até 2035. Nesse ritmo, o país ultrapassará os Estados Unidos em  2027.

Em 2020, os concorrentes chineses amargaram queda no PIB por causa da pandemia do novo Coronavírus. Enquanto isso,  a China apresentou crescimento, passou de US$ 14,7 trilhões para US$ 15,2 trilhões. Já o PIB americano caiu de US$ 21,4 trilhões para US$ 20,8 trilhões. O PIB brasileiro desceu da casa de US$ 1,8 trilhão para US$ 1,4 trilhão, fato que derrubou o Brasil da 9ª para a 12ª posição no ranking das maiores economias do mundo.

Nova imagem

Hoje, a imagem da china é outra no mercado mundial.  Estudos apontam que, desde a entrada na OMC, no início dos anos 2000, a China deixou de ser aquele país que vendia produtos de baixa qualidade e adotava práticas antiéticas de competição, e passou a ser o país que se destaca pelo seu crescimento; por ser o maior demandante de commodities do mundo inteiro.

Marca surpreendente

A China bateu agora 70% do PIB dos Estados Unidos. O único país que havia chegado a esse ponto foi o Japão na década de 1980 e começo de 1990; depois caiu e estacionou em 25% do PIB americano, em decorrência de com uma recessão violenta. Outro fato que impede o estável crescimento da economia japonesa é o acanhado mercado interno; a população é pequena, se comparada às outras potências.

Economistas renomados acreditam que o fracasso japonês, no esforço de se tornar  maior potência do mundo, provavelmente, não acontecerá com a China, porque seu imenso mercado consumidor interessa às empresas norte-americanas, e o país não depende, do ponto de vista da segurança, dos Estados Unidos.

A China caminha a passos largos. Ao manter a marcha, a cidade de Xangai (26 milhões de habitantes, na área metropolitana) passará a ser a Nova Iorque dos novos tempos.

O Brasil & China

A China é, atualmente, o maior comprador de produtos brasileiros e exerce forte influência econômica em muitos países latino-americanos.