Elison Silva

por Elison Silva - 7 anos atrás

Amadeu Rodrigues apresenta documentos supostamente adulterados e clubes pedem banimento Nosman Barreiro

A polêmica da invasão da Federação Paraibana de Futebol pelo vice-presidente, Nosman Barreiro, que quis assumir o comando da entidade na marra na última semana, ainda segue tendo seus desdobramentos.

Na tarde desta segunda-feira (05), o presidente Amadeu Rodrigues convocou uma coletiva para a sede da FPF para esclarecer vários pontos levantados pelo seu companheiro de chapa na eleição, e agora desafeto.

Em pronunciamento, o mandatário questionou a legitimidade do ato praticado por Nosman, que apresentou uma ata com assinatura de diversos clubes que supostamente apoiariam sua posse. Amadeu apresentou documentos que mostrava, inclusive, que algumas das assinaturas eram falsas.

A Liga Desportiva de Itaporanga, que constava na ata apresentada por Nosman, emitiu nota garantindo apoio a Amadeu Rodrigues.
Após ter seu nome na ata que apoiava a posse de Nosman Barreiro na FPF, a Liga Desportiva de Itaporanga emitiu uma declaração de apoio a Amadeu Rodrigues

O diretor jurídico da entidade, Marcos Souto Maior Filho, que também é pivô da polêmica, já que havia assumido interinamente o comando da FPF devido a uma procuração deixada por Amadeu, fato questionado por Nosman, falou ao Voz da Torcida sobre quais podem ser os desdobramentos do caso.

– A FPF decidiu não judicializar nada quanto ao caso Nosman. Comunicamos a CBF e lá foi aberto um procedimento de banimento na comissão de ética – explicou.

O diretor também apresentou novidades, desta vez por iniciativa dos clubes, para um afastamento de Nosman do quadro da Federação.

– Fomos surpreendidos com o requerimento dos clubes com o pedido no TJD-PB o afastamento e banimento do Nosman, com fatos gravíssimos relatados pelos clubes – disse Marcos Souto Maior Filho.

O presidente Amadeu Rodrigues foi questionado sobre a legalidade da transferência de poder na FPF via procuração, como foi adotado, e não com o vice assumindo automaticamente, o que é comum em qualquer âmbito de poder.

Para Amadeu, o estatuto da FPF, por estar ultrapassado, dá esse tipo de brecha. Segundo o presidente, o estatuto será reformado, mas de maneira mais democrática, passando por várias comissões, e não será feito de maneira imposta, como ele tentou fazer anteriormente, fato que não foi bem aceito por vários clubes, e que acabou gerando a primeira turbulência em seu mandato.

– O estatuto é ultrapassado, de 1981. Já temos uma comissão montada trabalhando em cima dele, com dois presidentes de clubes profissionais e dois amadores, além de três funcionários da Federação. Mas queremos a contribuição de todos. Não farei como farei da outra vez. Confesso que errei. Para modernizar, estamos acompanhando a comissão, juntamos o estatuto da CBF e as leis, para adequar da melhor maneira possível o futebol paraibano – concluiu.