Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública pede ao ministério da saúde para incluir forças policiais nas prioridades de vacinação contra a Covid

Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública pede ao ministério da saúde para incluir forças policiais nas prioridades de vacinação contra a Covid

Por Edmilson Pereira - em 3 anos atrás 768

Reunido nesta sexta-feira (05), através de videoconferência, o Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública de todo Brasil encaminhou carta ao Ministério da Saúde com um pedido para incluir os integrantes das forças policiais de todo o País dentre as prioridades para a vacinação contra a Covid-19.

O  Secretário da Segurança Pública e da Defesa Social da Paraíba, delegada da Polícia Civil, Jean Francisco Bezerra Nunes participou da reunião e também assinou a carta do CONSESP, encaminhada ao ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Na carta ao ministro Pazuello, o Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública argumenta que, desde o início da pandemia, as forças policiais têm sido empregadas no cumprimento das medidas de controle sanitário, expedidas pelas esferas federal, estadual e municipal, no sentido de conter ações que contribuam para a disseminação da doença.

De forma complementar às estruturas de saúde pública, como o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, por exemplo, sempre atuou no socorro a vítimas, tomando medidas de caráter pré-hospitalar, fazendo, por vezes, nas viaturas policiais o transporte de pessoas até os hospitais.

Mais recentemente, os órgãos policiais se engajaram no transporte de enfermos entre municípios e até mesmo para outros estados, considerando o esgotamento dos leitos em algumas localidades, empregando viaturas, aeronaves e profissionais de saúde de sua estrutura para melhor atender a missão.

E agora com a chegada das vacinas, os órgãos de segurança pública ingressaram em novo esforço. São empregados na proteção da cadeia logística contra eventos criminosos e também na distribuição da esperança aos municípios mais longínquos, de forma a garantir a chegada mais rápida possível das vacinas.

Todas essas atividades são realizadas de forma presencial, em contato com as pessoas, e com alto grau de exposição à contaminação pelo vírus. A cada chamada dos telefones de emergência, o policial militar, o policial civil, o  bombeiro e o perito devem se deslocar até o local do fato, e, em contato com as pessoas tomar todas as medidas que a lei exige. Não há espaço para home office. Pelo contrário, os recursos humanos são levados à exaustão, em face do aumento das atividades policiais e os afastamentos e perdas gerados pela própria doença.

A batalha contra a pandemia do Coronavírus é de todos. No entanto, as forças policiais têm tido papel decisivo nas ações de combate ao vírus. Elas devem permanecer prontas e à disposição para continuar realizando este trabalho. A manutenção da ordem pública trata-se de condição fundamental para que o ser humano se realize em suas atividades individuais, contribuindo para o bem-estar coletivo.

Desta forma, solicita-se o reconhecimento às forças de segurança pública do mesmo tratamento destinado às forças de saúde, as quais estão igualmente colocadas na linha de frente, exigindo-se assim condições mínimas para cumprir a sua missão, e continuar ajudando o Estado e o povo brasileiro nesta grande batalha.

O presidente do CONSESP é o  Del PF Cristiano Barbosa Sampaio,  Secretário da Segurança Pública de Tocantins