por Edmilson Pereira - 8 meses atrás
Governo do presidente Lula pune professores com reajuste do piso nacional de salário em apenas 3,62%, bem abaixo da inflação
Não compreendo o silêncio das associações e dos sindicatos ligados aos professores das redes públicas da Paraíba, como também do País, quanto ao percentual de reajuste definido pelos ministérios da educação e da fazendo do governo do Partido dos Trabalhadores para a categoria agora em 2024.
Pois bem. O piso dos Professores foi reajustado em apenas 3,62%, abaixo da inflação e muito abaixo dos últimos reajustes concedidos para a categoria nos últimos dois anos, ou seja, uma vergonha.
Piso esse, aliás, que não é respeitado pela maioria das Prefeituras do País e até mesmo por alguns Estados.
O pior é que o piso Nacional dos Professores foi conquista do próprio PT com intuito impedir que as Prefeituras e Estados pagarem salário mínimo aos Professores.
Vamos aos percentuais e aos números dos reajustes do piso nacional do Magistério Público nos últimos três anos, por exemplo.
Em 2022 o reajuste foi de 33,24%, passando piso de R$ 2.886 para R$ 3.845. No ano passado, primeiro ano do terceiro governo de Lula o reajuste caiu mais da metade em comparação a 2022, ficando em 14,95%, passando de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55.
O que me chama atenção foi o percentual fixado pelo governo petista para este ano de 2024, fixado em apenas 3,6%, patamar inferior ao da inflação, que fechou o ano de 2023 em 4,72%, passando o piso do magistério para R$ 4.580, ou seja, de apenas 160 reais a mais do que já vem sendo pago.
Preciso lembrar que a lei do piso dos professores foi sancionada em 2008, portanto, no segundo mandato do então e atual presidente Lula, e estabelece que reajuste deve ser feito todos os anos, em janeiro.
Não vou dizer nenhuma inverdade, ao afirmar que, claramente, temos no magistério público, federal, estadual e municipal, uma categoria majoritariamente aliada, eleitora, defensora e apoiadora do governo que está no comando do país, talvez seja por isso, que não esteja havendo nenhuma contestação à política de achatamento e desvalorização salarial de um governo de quem, pelo contrário, esperava-se ganhos reais salariais.
Foto: Blog do KT