Auxílio emergencial: Governo federal avalia prorrogar benefício para integrantes do Bolsa Família até janeiro de 2023

Auxílio emergencial: Governo federal avalia prorrogar benefício para integrantes do Bolsa Família até janeiro de 2023

Por Edmilson Pereira - em 2 anos atrás 375

Com a proximidade do fim do auxílio emergencial, cuja última parcela será paga este mês, e sem uma solução aprovada para o Auxílio Brasil (que vai substituir o Bolsa Família), integrantes do governo buscam uma saída para turbinar os pagamentos aos beneficiários de programas sociais do governo até o fim de 2022, de olho na campanha eleitoral.

Auxiliares próximos ao presidente Jair Bolsonaro avaliam prorrogar o auxílio emergencial até janeiro de 2023 apenas para beneficiários do Bolsa Família, que representam 14,6 milhões de famílias brasileiras.

A ideia é estipular o pagamento de cerca de R$ 250 mensais de forma cumulativa aos valores que essas pessoas já recebem pelo programa social, por pelo menos um ano.

Hoje, o valor médio do Bolsa Família é de R$ 189. Seria um pagamento, portanto, de cerca de R$ 440. Isso é superior aos valores pagos hoje pelo auxílio emergencial (R$ 150, R$ 250 e R$ 375).

Essa possibilidade entrou nas conversas nas últimas semanas. O assunto tem sido discutido em várias áreas do governo, e a expectativa é que o presidente Jair Bolsonaro tome uma decisão até a semana que vem, com a proximidade do fim dos pagamentos.

Se for viabilizada, a proposta mantém o encerramento do auxílio para os 25 milhões de trabalhadores informais que o recebem atualmente, o que não é bem visto por uma área do governo, que teme o impacto eleitoral da medida.

A ideia em discussão é que a prorrogação do auxílio voltada apenas para os beneficiários do Bolsa Família seja uma forma de “transição”. Nas palavras de uma fonte no governo, isso seria justificado pela inflação dos alimentos.

O objetivo dos interlocutores do governo seria acionar a cláusula de calamidade aprovada na chamada PEC Emergencial, no início deste ano.

O acionamento seria justificado pela situação de vulnerabilidade das pessoas, devido à fome. Isso permitiria pagar os recursos fora do teto de gastos, regra que impede o crescimento das despesas da União acima da inflação do ano anterior.

Fonte: Paraíba Notícia e o Globo