A hora da verdade: Toffoli nega pedido da PGR e mantém acareação em investigação sobre o Banco Master

A hora da verdade: Toffoli nega pedido da PGR e mantém acareação em investigação sobre o Banco Master

Por Edmilson Pereira - Em 2 horas atrás 46

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para suspender a acareação marcada no inquérito que apura suspeitas de fraude na tentativa de venda do Banco Master ao Banco de Brasília (BRB). A informação foi inicialmente divulgada pela CNN Brasil e depois confirmada pelo Estadão.

A decisão foi tomada na noite dessa quarta-feira (24), poucas horas após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, encaminhar ao Supremo parecer em que defendia a suspensão do ato. O processo tramita sob sigilo.

Com a negativa, Toffoli manteve para terça-feira, 30, a acareação entre Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master; Paulo Henrique Costa, ex-presidente do BRB; e Ailton de Aquino, diretor do Banco Central. A audiência está prevista para ocorrer por videoconferência.

No pedido rejeitado, Gonet sustentou que a realização da acareação neste estágio da investigação seria prematura. O procurador-geral argumentou que o Código de Processo Penal prevê o uso do instrumento preferencialmente após o interrogatório dos investigados, quando há divergências identificáveis em relação a outros depoimentos ou testemunhos.

O ministro avalia que seu gabinete já dispõe de informações suficientes para promover a acareação, por isso negou o cancelamento da audiência requerido pela PGR – a Procuradoria havia defendido o cancelamento, por ora, da confrontação de versões para afastar eventuais divergências sob o argumento de que seriam necessários prioritariamente depoimentos de envolvidos na negociação entre o Master e o BRB sob inspeção do Banco Central.

Tofolli tem destacado a interlocutores que não travou o inquérito, ao contrário: manteve a rotina de procedimentos policiais. Resultados de investigações a cargo da Polícia Federal estão chegando ao gabinete do ministro, que manteve as quebras de sigilo ordenadas pela 10ª Vara Federal Criminal de Brasília no âmbito da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).

Fonte: Estadão

Foto: Divulgação/Web