
Bolsonaro esgota saída jurídica e aguarda STF determinar prisão ainda em novembro, na Papuda ou em sala especial da PF
Por Edmilson Pereira - Em 4 semanas atrás 1033
Com placar unânime no julgamento dessa sexta-feira (07) defesa não tem chance de ver prosperar novos recursos à condenação pela trama golpista . Por 4 x 0, o ex-presidente Jair Bolsonaro, através dos seus advogados, esgotou saída jurídica para suavizar penas impostas ao ex-presidente e outros seus réus condenados pela Primeira Turma do STF por trama golpista.
A resposta dos quatro ministros que integram a Primeira Turma foi unânime e contundente: nem um dia a menos de pena, nem um crime a menos nas condenações.
Sem a presença de Luiz Fux no colegiado, o ministro que costumava divergir dos demais, as chances de Bolsonaro e companhia de reduzir os danos ficaram ainda mais escassas.
Compõem a Primeira Turma do STF os Ministro, Flávio Dino, que foi até recentemente ministro do governo Lula, Ministra Cármen Lúcia, que foi nomeada por Lula em 2006, Cristiano Zanir que era o advogado pessoal do presidente Lula antes de ser indicado ministro do Supremo, e ainda Alexandre de Moraes, que todo Brasil sabe os seus posicionamentos em relação a Bolsonaro, além de ser o relator de todo o processo contra o ex-presidente.
Além de ter sido unânime, a decisão dessa sexta-feira foi tomada em menos de sete horas. Isso mostra que, na Primeira Turma, ninguém está disposto a ceder um milímetro em relação à decisão tomada em setembro de condenar Bolsonaro a uma pena de 27 anos e três meses de prisão.
Os advogados de Bolsonaro devem entrar ainda com os embargos de declaração, que não mudará em nada, além de outros recursos, que também não mudaram o que já foi decidido.
Diante de tudo isso, o que se espera agora é que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja preso ainda agora no mês de novembro.
Prisão de Lula – Lula foi detido em 7 de abril de 2018, e passou 580 dias detido na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá (SP).
O petista foi solto e beneficiado pela decisão do Supremo Tribunal Federal, que derrubou nesta quinta-feira (7/11/2019) a possibilidade de execução antecipada da pena.
O político foi autorizado a cumprir pena em casa, por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, depois de parecer favorável do procurador-geral da República, Paulo Gonet. 

A prisão domiciliar foi pedida pela defesa do ex-presidente, sob a justificativa de problemas de saúde crônicos como apneia do sono, doença de Parkinson e transtorno afetivo bipolar, além de sua idade avançada (75 anos).
Foto: Divulgação/Web