Edmilson Pereira

por Edmilson Pereira - 4 meses atrás

Condenado em três ações penais a 31 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, ex-tesoureiro do PT tem provas anuladas por ministro do STF

Num país em que somente pobre, preto e ladrão de galinha é que paga a pena preso, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou na sexta-feira (15) todas as provas e processos contra o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, na Operação Lava Jato.

Toffoli reconheceu que houve irregularidades na Operação Pixuleco, desdobramento da Lava Jato que desencadeou diversas fases da investigação.

O ministro atendeu a um pedido da defesa do ex-tesoureiro e estendeu a Vaccari uma decisão que já havia beneficiado o advogado Guilherme de Salles Gonçalves. Os dois trabalharam juntos em campanhas do PT.

Em sua decisão, Toffoli afirma que houve “conluio entre o ex-juiz Sérgio Moro e integrantes do Ministério Público a partir de circunstância objetiva envolvendo o prévio acerto entre acusação e magistrado para deflagração de operações policiais”.

Em 2016, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi indiciado criminalmente pela Polícia Federal (PF) de Curitiba por corrupção e associação criminosa, no âmbito da Operação Lava Jato. Também são alvos do inquérito mais cinco pessoas, incluindo o lobista Mario Góes e dois ex-executivos da Petrobras, Pedro Barusco e Renato Duque.

O indiciamento foi motivado por investigações que envolvem a empresa Carioca Engenharia, que teria pago propinas para garantir contratos em obras com a Petrobras. A PF afirma que Vaccari atuou como intermediário do PT para exigir e receber vantagem indevida da Carioca.

O inquérito foi recebido pela 13ª Vara Federal de Curitiba e está registrado sob sigilo no sistema processual eletrônico.

Vaccari já foi condenado em três ações penais a 31 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele foi preso no dia 15 de abril do ano passado, quando foi deflagrada a 12ª fase da Lava Jato.

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