Sem acordo, motoristas do transporte coletivo de João Pessoa mantém greve; Justiça determina circulação de 60% da frota

Sem acordo, motoristas do transporte coletivo de João Pessoa mantém greve; Justiça determina circulação de 60% da frota

Por Edmilson Pereira - Em 10 meses atrás 1436

Em audiência realizada na manhã desta segunda-feira (27), na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, os motoristas de ônibus de João Pessoa rejeitaram a proposta de conciliação oferecida pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (Sintur-JP) e decidiram manter a greve geral por tempo indeterminado.

O presidente do Sindicato dos Motoristas, Ronne Nunes, revelou que foi apresentada uma contraproposta de aumento salarial de 6%, além de vale-alimentação no valor de R$ 570 e um adicional de R$ 150 para motoristas que também desempenham a função de cobrador. No entanto, o sindicato que representa as empresas de transporte coletivo recusou a proposta.

“Infelizmente lamentamos o fato de não chegarmos a um acordo entre as partes, entre as categorias . E lamentamos mais ainda o fato de que em uma atitude de desprezo, e desrespeito, à Justiça, à decisão da Justiça, o Sindicato dos Motoristas não permitiu que 60% da frota entrasse em operação”, afirmou o presidente do Sintur-JP, Isaac Júnior.

Segundo Isaac, uma nova audiência, desta vez de instrução e julgamento, foi marcada para esta quarta-feira (29), no TRT.

Além do aumento salarial, os motoristas exigem a reintegração do vale-alimentação, suspenso desde 2019, e o fim das jornadas de trabalho duplas. Entre os principais pedidos estão:

  • Reajuste de 15% no piso salarial
  • Aumento de 81% no valor do auxílio-alimentação
  • Elevação de 150% na gratificação
  • Inclusão de plano odontológico
  • Plano de saúde

Frota em circulação

Diante do impasse, a Justiça do Trabalho na Paraíba determinou que a Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob-JP) fiscalize se há 60% da frota funcionando durante a greve dos motoristas de ônibus em João Pessoa. Esse percentual tinha sido estabelecido em uma decisão anterior ao movimento que começou nesta segunda-feira (27), mas poucos ônibus foram vistos em circulação.