Temer reúne aliados em jantar e fala em obter 350 votos para aprovar reforma da Previdência

Temer reúne aliados em jantar e fala em obter 350 votos para aprovar reforma da Previdência

Por Edmilson Pereira - em 6 anos atrás 957

Foto: Agência Globo

O governo não conseguiria aprovar, neste momento, a reforma da Previdência, porque não tem os 308 votos necessários para que a matéria passe no plenário da Câmara. Porém, avalia que tem de 320 a 350 votos “alcançáveis”, considerando toda a base aliada, ou seja, tem capacidade de convencer esse número de deputados. Esta foi uma das conclusões de um almoço realizado neste domingo (02) no Palácio da Alvorada, do qual participaram, além do presidente Michel Temer, líderes de partidos alinhados ao Palácio do Planalto, vários ministros e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. A avaliação é que os políticos governistas precisam se esforçar mais para garantir o apoio à Proposta de Emenda Constitucional (PEC).

Segundo um participante do almoço, um dado positivo é que o argumento que o governo vem usando de que é preciso acabar com os privilégios nas aposentadorias dos servidores públicos está dando certo. Essa impressão já começa a ser assimilada pela sociedade.

— O clima é de muita confiança em relação à Previdência. O governo está fazendo um esforço grande para aprovar (a reforma da Previdência) e a avaliação é que a mudança na comunicação está trazendo resultados positivos, porque a rejeição está caindo — disse um dos participantes do almoço.

Ao ser indagado se o governo trabalha com prazo, respondeu:

— Isso é indiferente. O que importa é aprovar.

MAIS EMPENHO

O vice-líder do governo na Câmara, Beto Mansur (PRB-SP), disse que o presidente Michel Temer pedirá durante o jantar, que acontece ainda na noite deste domingo,  mais empenho dos líderes dos partidos que compõem a base aliada. Temer se dirigirá, principalmente, àqueles que têm se posicionado abertamente contra a proposta.

— A reunião será uma DR (expressão que significa discutir o relacionamento). É preciso que os líderes dos partidos da base se empenhem mais — disse Mansur.

Já o líder da Maioria no Congresso, Lelo Coimbra (PMDB-ES), afirmou que nomeações e distribuição de recursos são importantes nesse processo, mas já vêm ocorrendo naturalmente, desde a derrubada da denúncia contra Temer feita pela Procuradoria-Geral da República. Também ajuda a reforma ministerial.

Redação e Jornal O Globo