Proposta pela deputada Camila, Assembleia realiza audiência para discutir mobilização dos homens pelo fim da violência contra mulher

Proposta pela deputada Camila, Assembleia realiza audiência para discutir mobilização dos homens pelo fim da violência contra mulher

Por Edmilson Pereira - em 4 anos atrás 588

A Comissão de Direito da Mulher realiza nesta sexta-feira (6), a partir das 9h30, Audiência Pública na Assembleia Legislativa da Paraíba  em alusão ao “Dia do Laço Branco“, marco da Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. O movimento integra o calendário da campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres. A propositura é da presidente da comissão, a deputada estadual Camila Toscano (PSDB).

A parlamentar tucana propõe que além de discutir medidas de proteção e reinserção das mulheres vítimas na sociedade, sejam abordadas mecanismos de reeducação para os agressores. O Dia do Laço Branco envolve e mobiliza os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher.

Camila também apresentou propostas como a realização de trabalho nas escolas, desde a infância, sobre a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio e outros mecanismos de proteção à mulher, além da inclusão de uma disciplina que aborde o tema violência doméstica domiciliar nas escolas e de discussões sobre a violência contra a mulher gestante e a mulher idosa.

“Atualmente temos a Lei Maria da Penha, aprovada em 2006, que veio atender uma necessidade à época já que não tínhamos legislação específica para punir agressores de mulheres. Após 2006, as mulheres conquistaram mais segurança em denunciar o crime e buscar ajuda. No entanto, pouco foi feito em relação à reeducação dos agressores após cumprirem sua punição, eles não para refletir sobre o crime e na maioria das vezes, repetem o ato”, explicou.

Educação – A parlamentar afirma que por meio da educação é possível reverter à situação em longo prazo: “Educando nossos filhos sobre as relações de gênero, o respeito e seu lugar enquanto homem, nós podemos reverter esse quadro e mudar essa triste realidade. Devemos mudar a forma que educamos nossos filhos, para que no futuro ele saiba que homens e mulheres são iguais”, pontuou.
Camila também apresentou propostas como a realização de trabalho nas escolas, desde a infância, sobre a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio e outros mecanismos de proteção à mulher, além da inclusão de uma disciplina que aborde o tema violência doméstica domiciliar nas escolas e de discussões sobre a violência contra a mulher gestante e a mulher idosa.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil tem a 5ª maior taxa de feminicídio do mundo, que são assassinatos de mulheres em situações marcadas pela desigualdade de gênero. A cada duas horas, uma mulher é assassinada no país, sendo a maioria causada pelos próprios companheiros ou por parentes próximos.

Dia do Laço Branco – O Dia do Laço Branco é em homenagem as 14 vítimas de um massacre ocorrido dentro de uma sala de aula da Escola Politécnica, na cidade de Montreal, no Canadá. Um homem invadiu o local, ordenou que os homens se retirassem e assassinou as mulheres. O crime aconteceu por que as mulheres estavam “ocupando um espaço” que não lhes cabia, a justificativa foi deixada pelo assassino por meio de uma carta.