Preço dos combustíveis pressiona valor dos fretes e tarifas de ônibus nos principais centros urbanos do país

Por Wamberto Ferreira - em 6 anos atrás 1013

Num país rodoviário, onde o principal meio de transporte de cargo e de passageiro depende basicamente dos véiculos movidos a combustível, principalmente, diesel e gasolina, o reflexo recai diretamente no usuário final. “Uma inflação baixa, como a recentemente anunciada pelo IBGE referente ao ano de 2017, gera pouca ou quase nenhuma sensação de que os preços estejam sem aumentar se essa queda inflacionária não atingir produtos essenciais como os combustíveis, principalmente o óleo diesel”, afirmou o presidente da Ong ETEV (Educar para o Trânsito, Educar para a Vida), Luiz Carlos André.

Ele enfatizou ser “normal que especialmente o aumento no preço do óleo diesel acarreta aumentos quase na mesma proporção nos preços dos fretes e das passagens de ônibus. E o diesel subiu de preço em torno de 30%”.

“Avaliem em quanto já subiram os preços dos cafezinhos e taxas de estacionamento dos shoppings! O que era R$ 4,00 passou pra R$ 5,00. O que era R$ 5,00 passou para R$ 6,00. E as pessoas parecem não perceber… aliás, em geral só se percebe e se dá atenção quando se trata da passagem dos ônibus”, questionou, citando algumas variações na passagem dos ônibus já ocorridas pelo Brasil.

Maceió, de R$ 3,50 para R$ 3,90

Nesse contexto, lembrou que desde março do ano passado na capital alagoana (Maceió) a tarifa dos ônibus é R$ 3,50. “Mas já está em avaliação um reajuste para R$ 3,90” – disse. Acrescentou que em São Paulo, capital paulistana, houve um reajuste menor, agora em janeiro, de R$ 3,80 para R$ 4,00, porque a Prefeitura de lá “banca a complementação da passagem em mais R$ 2,66 – totalizando R$ 6,66 – e assim a título de subsídio”.

Ainda de acordo com ele, desde o dia 9 deste mês que em Teresina, capital do Piauí, a tarifa dos ônibus saiu de R$ 3,30 para R$ 3,60. E também informou que em Aracaju/SE, onde desde meados do ano passado a tarifa é de R$ 3,50, “a Semob de lá já realiza estudos para reajuste, tendendo a ficar em R$ 3,90”.

Outras capitais

Luiz Carlos informou ainda que várias outras capitais brasileiras já reajustaram as tarifas do transporte coletivo agora em janeiro. E deu como exemplos as seguintes: – a) Cuiabá/MT saiu de R$ 3,60 para R$ 3.85 desde o dia 5; b) Salvador/BA desde o dia 2 que pratica uma tarifa de R$ 3,70; c) Campo Grande/MS também reajustou para R$ 3,70; d) Florianópolis/SC, que não tem os subsídios que em São Paulo são concedidos, “lá desde o 1º dia deste ano a tarifa é de R$ 4,20”.

Por fim, atribuiu o fato de em várias cidades do interior do Brasil o transporte coletivo, em muitos dos casos, ser melhor do que o das capitais às tarifas serem praticadas dentro do equilíbrio econômico-financeiro que precisa ser dado ao respectivo serviço, exemplificando: “Santos/SP, R$ 4.05; Governador Valadares/MG, R$ 3,90; Campinas/SP, R$ 4,70; Blumenau/SC, R$ 4,05; Joinville, também em Santa Catarina, R$ 4,65”.