Fórum de segurança apresenta proposta que reduz em 38% o impacto financeiro aos cofres do Estada nas reivindicações de recomposição salarial
Por Edmilson Pereira - em 4 anos atrás 543
Após mais uma negativa por parte do Governo do Estado em aceitar as reivindicações dos agentes de segurança, o Fórum das Entidades das Polícias Civil, Militar e Bombeiros da Paraíba reuniu a imprensa, nesta terça-feira (10), em uma coletiva para apresentar a sexta e última proposta, com redução de 38% no impacto aos cofres públicos, diluídos em três anos. A medida busca um entendimento definitivo com o Estado para que a sociedade possa usufruir das forças de segurança com maior aproveitamento.
A sexta proposta de reajuste salarial do Fórum de Entidades, propõe a incorporação de 100% da bolsa desempenho, em seis parcelas; recomposição salarial de 24%, em quatro parcelas, além de abrir mão, até 2022, de ⅓ do valor dos plantões e de prêmios como o PPUP, já pagos pelo Governo. A iniciativa de abrir mão de benefícios já concedidos pelo Estado gera uma economia de R$ 183 milhões e 600 mil. No total, a sexta proposta saiu de 476 milhões, 191 mil para R$ 292 milhões, 591 mil, uma redução de 38%. O impacto dessa sexta proposta é menor do que todas as propostas do Governo.
“Estamos cedendo, em nome das forças de segurança e da sociedade que não aguentam mais esse impasse. Estamos, mais uma vez, cedendo e, desta feita em valores significativos, que o Estado já paga. Reduzimos 38% da última proposta porque desejamos que o Governo do Estado se sensibilize com a situação humilhante dos policiais, que percebem o pior salário do país, ao tempo em que somos as instituições mais eficientes do Brasil, com reduções de índices negativos da segurança pelo oitavo ano seguido”, afirma Steferson Nogueira, delegado de Polícia Civil e presidente da Associação das Prerrogativas dos Delegados de Polícia da Paraíba (Adepdel), entidade pertencente ao Fórum.
Próximas ações do Fórum de Entidades
As 14 entidades que compõe o Fórum farão uma Audiência Geral Unificada no próximo dia 2 de abril, às 13h, em frente à Caixa Beneficente, no Centro. Além disso, caso não tenha acordo com o Governo, as entidades participarão de uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa, procurando ampliar o diálogo com o poder público, entregarão os cargos ocupados na atual gestão, sejam eles da Polícia Militar, Civil e Corpo de Bombeiros, farão uma saída em bloco dos plantões extras e deflagrarão a operação propaganda zero.