FGTS: começa hoje liberação dos R$ 500 do saque emergencial. Saiba o que fazer com o dinheiro

FGTS: começa hoje liberação dos R$ 500 do saque emergencial. Saiba o que fazer com o dinheiro

Por Edmilson Pereira - em 5 anos atrás 1058

A partir desta sexta-feira (13), os cotistas do FGTS nascidos entre janeiro e abril, e que têm conta poupança na Caixa Econômica, receberão o dinheiro referente ao saque emergencial do Fundo, os R$ 500 por cada conta vinculada ao CPF. De acordo com números da Caixa, somente no Estado do Rio, 9 milhões terão direito ao dinheiro. Na região Sudeste, 49,4 milhões terão poderão sacar os recursos. Com a quantia em mãos, a primeira recomendação dos especialistas é que a quantia seja usada para o pagamento de dívidas .

De acordo com levantamento do SPC/Brasil, do total de endividados no país, 37,3% deles têm dívidas de até R$ 500. Esta é a maior fatia entre aqueles que têm contas atrasadas. A faixa com o segundo maior percentual de endividados é a de contas em aberto que vão de R$ 500,01 até 2.500. Também do total de brasileiros, são 36,4% nesta situação.

Caso o cotista não tenha dívidas, a segunda recomendação é que ele invista o dinheiro. Neste caso, é preciso avaliar como está a situação financeira e quais são os planos.

Em relação a uma pessoa que não tem nenhuma quantia guardada para emergências, como o caso de uma doença ou gastos pontuais na casa, o principal passo é constituir uma reserva de emergência. A indicação dos planejadores financeiros é que seja guardado em uma aplicação de renda fixa o equivalente a, pelo menos, quatro meses de despesas.

A forma mais clássica e simples de investir é a caderneta de poupança, que rende aproximadamente 4% ao ano. Supondo que o cotista mantenha R$ 500 na caderneta por 15 anos, ele terá R$ 917,50.

Se o mesmo valor, R$ 500, for investido no Tesouro Selic (com taxa de 5,1% ao ano, já descontando a incidência de Imposto de Renda), ao fim de 15 anos o trabalhador terá R$ 1.054,41.

Quanto maior a quantia investida, maior a diferença entre os investimentos. Supondo que o trabalhador tenha três contas (uma ativa e duas inativas) e consiga sacar R$ 500 de cada, terá R$ 1,5 mil. Se essa quantia for colocada em títulos públicos, após 15 anos, o retorno será de R$ 3.163,24.

Caso o cotista queira arriscar e buscar mais rentabilidade, ele pode aplicar os recursos em renda variável. Em um fundo multimercado que renda 120% DI (aproximadamente 7% ao ano, já descontado IR), os R$ 1,5 mil iniciais, em 15 anos, renderiam R$ 4.185,20.

Vale lembrar que ainda não teve início o saque- aniversário , que começa a vigorar só em 2020. Neste modelo, o trabalhador terá que fazer a opção por saques anuais do Fundo, obedecendo um calendário de acordo com sua data de aniversário (saque-aniversário) ou até dois meses depois. Neste caso, o limite não será mais de R$ 500.

Confira as simulações

Aplicação de R$ 500 em 15 anos

Poupança: R$ 917,50

Tesouro Selic: R$ 1.054,41

Fundo multimercado 120% DI: R$ 1.395,07

Aplicação de R$ 1 mil em 15 anos

Poupança: R$ 1.835,01

Tesouro Selic: R$ 2.108,83

Fundo multimercado 120% DI: R$ 2.790,14

Aplicação de R$ 1,5 mil em 15 anos

Poupança: R$ 2.752,51

Tesouro Selic: R$ 3.163,24

Fundo multimercado 120% DI: R$ 4.185,20

Fonte: Virgínia Prestes, professora de Finanças da Faap. Todas as rentabilidades estão livres de IR