Com hipertensão arterial sistêmica e pré-diabetes, defesa de Ricardo Coutinho alega risco de contágio pelo Covid-19 para pedir retirada de tornozeleira eletrônica

Com hipertensão arterial sistêmica e pré-diabetes, defesa de Ricardo Coutinho alega risco de contágio pelo Covid-19 para pedir retirada de tornozeleira eletrônica

Por Edmilson Pereira - em 4 anos atrás 646

Mesmo sem nenhuma prova científica até agora, sequer de suspeita, a defesa do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) alegou risco de contaminação pelo novo Coronavírus para pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) a retirada da tornozeleira eletrônica, que está usando por decisão da Justiça como uma das medidas cautelares no acatamento do HC para tirá-lo do presídio da Penitenciária Média de Mangabeira, quando foi preso pela Polícia Federal, na sétima fase da Operação Calvário.  A justificativa consta na petição protocolada pela defesa de Ricardo Coutinho e que passou pelas mãos de dois ministros (Dias Toffoli e Luiz Fux),sem uma decisão final sobre o assunto.

Os advogados de Ricardo ressaltaram, no pedido, que o ex-governador socialista cumpre medidas cautelares de recolhimento noturno e uso de tornozeleira eletrônica. Eles alegam que o risco ocorre quando há o registro de algum problema no equipamento e é necessário deslocamento para que técnicos realizem o reparo ou substituição do dispositivo.

Ricardo foi apresentado como paciente de risco, “acometido por hipertensão arterial sistêmica e pré-diabetes”. Por isso, a defesa pede que “seja suspensa imediatamente a providência cautelar de monitoramento eletrônico até análise mais aprofundada do Ministro Relator em face da reiterada exposição do Paciente e de seus familiares ao risco de contaminação por COVID-19 devido aos problemas do equipamento”.

Ricardo foi preso em dezembro do ano passado, pela Polícia Federal em Natal, acusado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco-PB) de ter chefiado uma organização criminosa que desviou mais de R$ 130 milhões da área de saúde,  nos oito anos em que esteve à frente do governo.

O caso seria analisado pelo presidente do Supremo, Dias Toffoli, que se averbou suspeito. O caso, então, foi repassado para o vice-presidente, Luiz Fux, mas ele entendeu que o caso não se enquadrava no critério de urgência. Por isso, deixou para o relator da matéria no STF, o ministro Gilmar Mendes.

Fonte: Paraíba Notícia e MaisPB