Valter Nogueira

por Valter Nogueira - 3 anos atrás

Reflexões sobre o tempo

O tempo é relativo, como bem disse o físico e cientista Albert Einstein. E há tempo para tudo – para plantar, e para colher – como vaticinou o sábio rei Salomão, em Eclesiastes. Tenho consciência de que o tema deste artigo é coisa para um físico, não para um jornalista. Mas, mesmo assim, me atrevo a discorrer sobre o assunto.

Às vezes, os ponteiros do relógio parecem correr mais que as nossas pernas. Isso ocorre quando estamos atrasados para uma reunião, por exemplo, ou correndo desenfreado para entrar em um banco a cinco minutos das portas fecharem.

O contrário também ocorre. Por vezes temos a impressão de que o tempo não passa. Os mesmos cinco minutos que passam voando, em outra situação pode durar uma eternidade. Os ponteiros do relógio parecem estacionados quando estamos esperando alguém que a gente ama e que está longe há muito tempo.

– Que coisa, hein!

Até pouco tempo o ano 2000 parecia algo inatingível – isso para a minha geração, quem nasceu nos anos 1960. Mas, já ultrapassamos essa linha imaginária. Quando entramos no século XXI, o que antes parecia miragem deixou de ser ficção científica para ser presente. E, pasmem, já é passado!

A sabedoria popular diz que vivemos o presente, pois o futuro é desconhecido e o passado já não o temos. É recomendável valorizar mais o hoje, porém, sem esquecer totalmente do passado; nos serve de lição, como forma de evitar erros cometidos em tempos anteriores. É o que podemos definir como evolução.

É prudente, também, projetar planos para o futuro, mas sem a pressa de querer antecipar acontecimentos. Afinal, preocupar-se é ocupar-se antes.

Mas, afinal, o que é o tempo? O tempo, simplesmente é!

Do ponto de vista acadêmico, tempo é uma grandeza física presente no cotidiano e em todas as áreas científicas. O tempo pode ser, também, definido como duração relativa das coisas que cria no ser humano a ideia de presente, passado e futuro. Ou, ainda, período contínuo no qual os eventos se sucedem.

Recorrendo à sabedoria popular, o tempo é o senhor da razão; é remédio, é cura, é momento de alegria e de tristeza. O tempo apodrece a madeira, amarrota papéis e tecidos esquecidos no fundo de uma gaveta. Mas também refina o vinho e faz a árvore crescer, florescer, dar frutos e sombra.

A vida é cíclica, tudo passa, tudo muda. Porém, todo dia é tempo de aprender; aprender e mudar. Afinal, nada voltará a ser como foi antes. Mas, tudo pode ser melhor do que nunca foi.