Valter Nogueira

por Valter Nogueira - 3 anos atrás

Lições do passado – Germânia, a supercidade de Hitler

Um entre os documentários produzidos sobre a queda do Nazismo traz à tona depoimentos de oficiais do staff de Adolfo Hitler, colhidos logo após o fim da II Guerra Mundial. Decidi excluir o que já é conhecido do público (atrocidades) para focar detalhes periféricos contidos na produção do History Channel; rica em imagens e som.

A reportagem revela que o Führer (líder) alemão não queria apenas destruir, mas também construir. Idealizou uma nova Berlim, que passaria a se chamar Germânia, projetada para ser a “Capital do Mundo”.

Entre os depoimentos, um chama atenção por identificar sentimento de inveja no comportamento de Hitler. Trata-se das informações prestadas pelo oficial e arquiteto Albert Speer, a quem o líder nazista confiou o projeto da nova Berlim.

Com base nas revelações de Speer, é possível enxergar que o Führer se sentia incomodado ante à beleza da cidade de Paris (França).

De acordo com Speer, Hitler pretendia demolir Paris literalmente. Porém, foi demovido da ideia por pessoas mais próximas.  Após tomar a capital francesa, em junho de 1940, o Führer decidiu conhecer melhor a cidade.

Ainda de acordo com Albert Speer, Hitler caminhou ao longo da monumental avenida Champs-Élysées; parou diante do majestoso Arco do Triunfo; e, por fim, contemplou a cidade do alto da Torre Eiffel.

Na Torre, segundo depoimento do arquiteto, o ditador alemão teria dito: “Depois de pronta Germânia, Paris mais parecerá uma sombra! Então, para que a destruir!?”.

Germânia

O Plano era demolir Berlim para dar início à construção da “supercidade”. Por recomendação do Führer, Germânia teria uma avenida tal qual a Champs-Élysées, porém, maior e mais larga. E um arco à semelhança do francês, mas com tamanho bem superior.

A “supercidade” contaria, ainda, com um prédio colossal, com um domo aos moldes da Igreja de São Pedro (Vaticano), só que dez vezes maior. O projeto ficou no papel, com apenas alguns prédios edificados antes do final do conflito. Faltou recursos, todo dinheiro foi carreado para o esforço de guerra.

Ditador

Adolfo Hitler foi um ditador e como tal imaginava ter inteligência superior aos demais mortais. Ideias e projetos só eram bons se saíssem da cabeça dele. Assim como Narciso, todo ditador acha feio o que não é espelho!

Todavia, no caso dos ditadores, a inteligência é suplantada pela arrogância e intolerância, realidade que os leva as raias da loucura.

Ascensão e queda

O Führer chegou ao poder por meio da democracia vigente na Alemanha, à época. Porém, a democracia, depois de cumprir o seu papel, não tinha mais serventia para as pretensões do novo “líder”. Por essa razão, precisava ser eliminada. Ao chegar ao comando, Hitler mostrou as suas garras; queria poder absoluto, deu um golpe no povo alemão.

O final da história, todos sabem – o mal não persevera!

Alemanha ressurge forte

O incrível é que a Alemanha ressurgiu das cinzas após a guerra, tal qual a Phoenix. Com a restauração da democracia, o país tornou-se em pouco tempo uma das maiores economias do mundo – sem precisar de ditadores desequilibrados nem de regime de exceção.

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