CCJ aprova projeto de Camila que obriga uso de tornozeleira eletrônica para agressor de mulher

CCJ aprova projeto de Camila que obriga uso de tornozeleira eletrônica para agressor de mulher

Por Edmilson Pereira - em 5 anos atrás 647

A Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa da Paraíba aprovou o Projeto de Lei 687/2019 de autoria da deputada estadual Camila Toscano (PSDB), que institui a utilização de tornozeleiras eletrônica por homens que praticam violência doméstica e familiar. “Temos que oferecer mecanismos para manter o agressor distante da mulher e evitar reincidência da agressão. Essa é uma forma de prevenir casos de assassinatos”, destacou, acrescentando que ano passado 74% dos homicídios de mulheres na Paraíba foram feminicídio.

Segundo a propositura, fica instituído o monitoramento eletrônico de agressor de violência doméstica e familiar contra a mulher, seus familiares e ou testemunhas, que esteja cumprindo alguma das Medidas Protetivas de Urgência. A matéria estabelece que o agressor poderá ser obrigado a utilizar equipamento eletrônico de monitoramento para fins de fiscalização.

Camila é presidente da Comissão da Mulher e vem defendendo ações efetivas para que mulheres não sejam mortas. “Diariamente, somos informados sobre casos de violência contra a mulher, onde a medida protetiva é imposta, mas o agressor descumpre a determinação judicial e volta a cometer abusos contra sua ex-companheira ou familiares. Neste contexto, é necessário ressaltar que o monitoramento eletrônico é uma alternativa auxiliar para medidas protetivas estabelecidas na Lei Maria da Penha”, destacou.

Dados – Mais de 1.200 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil, no ano passado. Um aumento de 4% em relação ao ano anterior. O número de feminicídios na Paraíba cresceu aproximadamente 53% entre 2017 e 2018, segundo dados do Anuário Brasileiro da Violência 2019. O feminicídio é a principal causa de morte das mulheres na Paraíba. O estudo aponta que 46 mulheres foram mortas em 2018 no estado, sendo que quase 74% delas foram vítimas de feminicídio, quando a motivação do crime é relacionada às questões de gênero.

Justiça – Os números de casos que de feminicídios que chegam ao Poder Judiciário da Paraíba sofreu o aumento de 330% em 2018, em relação a 2017. No mesmo período também houve aumento de 48% de medidas protetivas. Já os casos pendentes de violência doméstica cresceram 28% no comparativos dos dois anos.