Asplan, Cagepa,  Coteminas e Giasa custeiam pesquisas para análise na qualidade da água das bacias hidrográficas dos rios Gramame e Abiaí,

Asplan, Cagepa, Coteminas e Giasa custeiam pesquisas para análise na qualidade da água das bacias hidrográficas dos rios Gramame e Abiaí,

Por Valter Nogueira - em 4 anos atrás 621

A qualidade da água das bacias hidrográficas dos rios Gramame e Abiaí, no Litoral Sul da Paraíba, tem sido objeto de preocupação de diversos órgãos e comunidade científica no estado há mais de 30 anos. Um estudo realizado em janeiro de 2017, por exemplo, revisou as pesquisas anteriores e estabeleceu, que até 2020, “as prioridades para o período serão iniciativas para frear a crise hídrica”.

A Associação dos Plantadores de Cana da Paraíba – Asplan – participou de um grupo que custeou as pesquisas junto a órgãos e empresas como Cagepa Coteminas e Giasa que identificou características dos recursos hídricos e das matas ciliares dos rios Gramame e Abiaí e , nesta terça-feira (21), na sede do Instituto Federal da Paraíba – IFPB, em João Pessoa, acontecerá uma reunião para debater encaminhamentos e ações para revitalização desses espaços.

Esse estudo, feito por uma equipe de profissionais mestres e doutores das áreas de química, ciências biológicas e geografia da Universidade Federal da Paraíba- UFPB, com a colaboração de outros de profissionais técnicos da SUDEMA, concluiu que os rios vêm recebendo efluentes de diversas atividades industriais e até mesmo esgoto sanitário, sem qualquer tipo de tratamento e isentou os produtores de serem causadores de poluição na área. Além disso, o estudo identificou o uso incorreto do solo às margens dos rios, sendo feito por pessoas que ocuparam indevidamente as áreas e degredaram as principais Áreas de Preservação Permanente (APPs) que agora precisam de restauração.

Antes, acreditava-se que, em função de a área onde se localiza a Bacia do Rio Gramame-Mamuaba ter grande predomínio da cultura da cana-de-açúcar, que seriam os produtores de cana um dos responsáveis pelas atividades mal conduzidas que envolvem ocupação e uso do solo e que levaram a um processo de remobilização e contaminação do sedimento/solo próximo aos rios. No entanto, foi observado que as margens ou as APPs foram invadidas por outras pessoas que degradaram a floresta ciliar que protege as margens dos referidos rios. A reunião desta terça-feira é justamente para tratar da retirada dessas pessoas e do início da reposição ciliar.

“É preciso que comecemos logo esse processo de recomposição, mas, para tanto, é preciso que antes as áreas sejam desocupadas”, comentou o presidente da Asplan, José Inácio, preocupado com a resolução do problema, tendo em vista que as metas foram colocadas para serem cumpridas até o ano de 2020. “Já foi feito o estudo, observou-se que o produtor de cana não é responsável diretamente pela poluição e lixiviação dos rios, mas sim grupos de ocupantes ilegais que se estabeleceram nos locais. Mesmo assim, com a retirada dessas pessoas, os donos das propriedades farão o reflorestamento ciliar de das margens”, explicou José Inácio.

Fonte: Assessoria de Comunicação