40 ANOS: Lula sofre para definir candidaturas do PT nas capitais

40 ANOS: Lula sofre para definir candidaturas do PT nas capitais

Por Edmilson Pereira - em 4 anos atrás 642

Nos 40 anos de fundação do Partido dos Trabalhadores, completados agora em 2020, cujas comemorações estão acontecendo neste final de semana,  ex-presidente Lula sofre para pôr em prática os planos que traçou para o PT nas eleições municipais. Com poucos nomes com chances claras de vitória nas principais cidades, os embates na legenda vêm aflorando e o líder petista precisará costurar consensos até agosto, data final para inscrição das chapas. O maior problema de Lula é em São Paulo. Com a negativa de Fernando Haddad de entrar na disputa, o PT caminha para um prévia entre sete nomes com baixos índices de intenção de voto.

O ex-presidente quer evitar o embate interno. Mas, na primeira conversa que teve com os pré-candidatos, em janeiro, o ex-deputado Jilmar Tatto, o vereador Eduardo Suplicy, o ex-vereador Nabil Bonduki, os deputados Alexandre Padilha, Paulo Teixeira e Carlos Zarattini e a militante Kika da Silva disseram que só desistiriam se Haddad concorrer. Sem um nome forte, fica praticamente inviabilizada a ideia de Marta Suplicy como vice. A ex-prefeita estava disposta a se filiar a outra legenda para se unir ao PT, que deixou em 2015.

Em Salvador, uma crise explodiu na semana passada, depois que o governador Rui Costa e o senador Jaques Wagner resolveram, numa conversa com Lula, filiar a major da Polícia Militar Denice Santiago para que ela seja a candidata. A proposta revoltou os quatro pré-candidatos que já tinham se apresentado para a prévia. Um dos principais nomes do PT na Bahia, o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli enviou uma carta à direção municipal dizendo que a major “não tem tradição de luta nos movimentos sociais, não tem militância partidária e será uma expressão da corporação da Polícia Militar”.

Mesmo no Recife, uma das poucas capitais do país onde o PT conta com um nome competitivo para concorrer, há uma crise. O grupo do senador Humberto Costa insiste na aliança com o PSB, que aposta no deputado João Campos. Lula prefere a deputada Marília Arraes.